- Eu e meu namorado não estávamos em uma fase boa do nosso relacionamento, mas sabia que tudo voltaria ao normal logo, pois realmente nos amávamos, apesar dele não ter dito isso a mim hoje. Já era tarde da noite quando minha irmã me ligou pedindo que eu fosse a casa dela, disse que precisava de um favor. Avisei a minha mãe, dei nela um beijo e direcionei-me a porta. Antes que eu saísse, minha mãe me surpreendeu com as seguintes palavras: - Filha, eu te amo, vá com Deus. Eu sorri, e sai de casa. Como já era tarde, não havia ninguém na rua. Ao virar uma esquina, deparei-me com um homem encostado em um muro, fingi não vê-lo e passei direto. Ele me chamou. Aumentei o ritmo do passo, mas ouvi-o correr. Ele me alcançou e antes mesmo que eu pudesse gritar, tampou minha boca e meu nariz com um pano úmido de cheiro forte. Perdi as forças e senti ele me carregar antes de cair num sono profundo. Acordei com ele rasgando minhas roupas, gritei o mais alto que pude, corri sem saber para onde. Ouvia o barulho de muitos carros passando, mas com aquela mata alta não pude ver em que direção os carros estavam. Ele me agarrou, me debati e cravei minhas unhas em seu rosto, senti algumas delas se soltarem dos meus dedos, senti o sangue dele escorrendo em minhas mãos. Mas ele ria compulsivamente, perguntei-me que criatura era aquela que me atacara. Ele fechou as mãos em punho e acertou meu rosto em meio de sujos xingamentos. Agora, eu que tinha sangue pingando do rosto. Antes que pudesse voltar a correr, ele chutou minha perna, e ouvi os ossos sendo quebrados, cai. Já nem ligava para as dores que sentia, estava anestesiada de medo. Ele se pôs encima de mim e terminou de tirar minhas roupas. Aqueles olhos, aquela risada... Iriam me assombrar para sempre. Gritei até acabarem minhas forças, me debati até ser vencida pela exaustão. Ele me segurou e me violentou. Já era tarde demais. Eu queria desesperadamente morrer. Ele me apagou com mais um golpe. Ao acordar, eu sabia o que queria. Tomei o resto de força que me sobrara e arrastei-me em direção ao barulho dos carros. Finalmente encontrei a estrada, estava muito movimentada. Pus-me em pé, equilibrando-me na perna que restava, fechei os olhos e lembrei-me das palavras da minha mãe “Eu te amo, vá com Deus”, eu sorri como se ela estivesse ali comigo. Lembrei também do meu namorado e de como eu o amava. Abri os olhos e avistei um caminhão vindo. Como um sussurro, disse a palavra “Desculpem-me”, caminhei em direção à estrada. A luz daquele enorme farol me cegou, o motorista tentou frear a tempo, mas a minha vontade foi realizada.
Esse foi o “sonho” mais nítido que já tive. Espero não ter perturbado a mente de ninguém. Foi assustador, mas valeu a boa história (modéstia à parte). Desejo a todos uma boa noite com bons sonhos!